As uvas pedem
que tua paciência
as descasque.
Uvas
que se sabem lentas
quentes pencas
esperadas.
Elas pedem
que pouses
o breu do teu
contemplar
sobre claras carnes nuas.
E só então
após
e apenas
que mordas
que chupes
uvas
com a avidez de vulvas
e a delicadez de avencas.
5 comentários:
[intenso o poema, que tarde ou cedo toma os aromas e a inebriante cor do vinho, da vida]
um imenso abraço, Yara
Leonardo B.
Belo poema...
abraço!
"O sabor destas uvas
adoçou-me os sentidos
fez saliva virar rio"
Uau!
Adoro te ler ;)
Beijo.
Adorei atravessar-te...Lindo aqui.
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