28 de ago. de 2008

In-exata

seria possível
calcular-me resolver-me abstrair-me
descobrir minha raiz
meu xis
meu milesi-mal?

eu
sempre esta tangencial
beirando lambendo tocando
a pele da tua circun-ferida
poética universal

eu
sempre vértice
de um triste prisma
tentáculo retilíneo
de carambola
perfurando-te

eu
tirando-te dos eixos
eu sempre parábola
concha côncava
abrindo-me
infinitando minhas linhas

eu
sempre paralela
para todos para ela
congruentemente cruzada
pelo ângulo de um olhar

eu
tua beatriz, tua bissetriz
dividindo-te
confundindo-te
para não ser sub-traída

eu
(cuidado!)
sempre em minha má-temática
milimétrica mítica
mato