19 de jul. de 2010
15 de jul. de 2010
Concreto
Gosto da poesia
que nasce na casca do pão,
que rompe esparramando
migalhas de aroma na mesa
antes mesmo de nascer o sol.
Gosto da poesia guardanápica,
de gosto alcoólico,
soluçada no bar.
O verso exalado das camas,
nas cores vivas das vulvas.
Poesia pornodatilográfica:
filha das Olivettis.
Gosto da poesia que salta
dos calos dos dedos,
rascunhada no papel sujo
de suor e graxa.
Poesia que dói
as sedes humanas.
A poesia que nasce
suja de líquido amniótico,
que grita o parto,
que escandaliza.
Isso sim, é poesia concreta.
que nasce na casca do pão,
que rompe esparramando
migalhas de aroma na mesa
antes mesmo de nascer o sol.
Gosto da poesia guardanápica,
de gosto alcoólico,
soluçada no bar.
O verso exalado das camas,
nas cores vivas das vulvas.
Poesia pornodatilográfica:
filha das Olivettis.
Gosto da poesia que salta
dos calos dos dedos,
rascunhada no papel sujo
de suor e graxa.
Poesia que dói
as sedes humanas.
A poesia que nasce
suja de líquido amniótico,
que grita o parto,
que escandaliza.
Isso sim, é poesia concreta.
13 de jul. de 2010
Jazz
Teu toque
é tão grave...
É nota improvisada
que me dedilha
trepidando cordas
bambeando pernas.
Um swing segue pelo sangue.
E eu solo.
Se teu jazz me toca,
eu deixo de ser blue.
é tão grave...
É nota improvisada
que me dedilha
trepidando cordas
bambeando pernas.
Um swing segue pelo sangue.
E eu solo.
Se teu jazz me toca,
eu deixo de ser blue.
Assinar:
Postagens (Atom)