18 de jan. de 2011

Nuas uvas

As uvas pedem
que tua paciência
as descasque.

Uvas
que se sabem lentas
quentes pencas
esperadas.

Elas pedem
que pouses
o breu do teu
contemplar
sobre claras carnes nuas.

E só então
após
e apenas
que mordas
que chupes
uvas
com a avidez de vulvas
e a delicadez de avencas.

5 comentários:

Breve Leonardo disse...

[intenso o poema, que tarde ou cedo toma os aromas e a inebriante cor do vinho, da vida]

um imenso abraço, Yara

Leonardo B.

Juan Moravagine Carneiro disse...

Belo poema...

abraço!

Anônimo disse...

"O sabor destas uvas
adoçou-me os sentidos
fez saliva virar rio"

Anônimo disse...

Uau!

Adoro te ler ;)

Beijo.

CARLA STOPA disse...

Adorei atravessar-te...Lindo aqui.