Não preciso me pintar
para que borboletas
me entendam flor.
Unhas nuas.
O lábio colorido apenas
pelo beijo.
Desprovida de laço de fita.
De rímel, rendas, riscos.
Minhas cores
próprias, únicas,
não escorrem sob a chuva.
Levo-as,
rubras,
no peito.