22 de mar. de 2011

Tintura

Não preciso me pintar
para que borboletas
me entendam flor.

Unhas nuas.
O lábio colorido apenas
pelo beijo.
Desprovida de laço de fita.
De rímel, rendas, riscos.

Minhas cores
próprias, únicas,
não escorrem sob a chuva.
Levo-as,
rubras,
no peito.