Dorme, criança
emaranhada.
Porque em teu sono
descansam afiados trovões.
Dorme, boneca cacheada.
Cerra tuas labaredas,
teus universais olhos,
tuas longas cortinas de cílios.
Dorme, pequena bruxa.
Tua porcelana pintada
cobre interior ígneo,
rochedo em marcha
a exorcizar espectros.
Dorme,
russa matrioshka,
em teu vestido rodado.
Porque teu sono nublado
prepara, sereno,
uma alvorada desalienada.
2 comentários:
adorei o poema cuspido
voltei
heeuheuheu
;*
Vizualisei....
Clandestina
Postar um comentário