O que dar ao poema
que acorda?
Eu
de leite.
Um resquício
de madrugada sonhada
insiste.
Derrete no pão.
Aroma fresco
nos poros do filtro
coando
destilando flores.
Colho o trigo,
reconheço
a estação, a safra
salivando o açúcar.
A fome matinal
do poema
cede
sabe.
É cedo ainda.
8 comentários:
Divina!! Convidarei meus próximos poemas a um café da manhã comigo. Amei a ideia
Poesia ao mais alto nível...
Parabéns!
Beijo :)
O que dar ao poema que é corda? caçamba!
De tantos lindos, este talvez seja o mais.
A saliva
derrete o pão
matinal
aroma fresco
destilado em flores...
Lindo! Sempre será "cedo ainda" enquanto houver mais poesias jorrando dessa fonte aqui.
Abraço!
passando quase tarde pra falar que ficou com cara de cedinho de sol gostoso o leiaute. bela pegada pra ornar assim, com cedo. e peço: continua a fazer a hora passar mansinho e voando de palavra à boca das mãos! delícia de refeição o teu brinquedo.
Com certeza, Yara, o poema é sempre presente. Grato pelo poema. Abraços, Pedro.
por nos deixar esse sabor de manhã na memória...
por nos ceder esse poema tão agradável...
...eu agradeço. =)
[Mas vc tá cada vez melhor, mulher!!!] =D
=*
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